Gary Bowser, um dos principais membros de um grupo de hackers de Nintendo Switch que vendia modchips, se declarou culpado de acusações criminais. Ele, que fazia parte do grupo Team-Xecuter, foi preso no ano passado e compareceu ao tribunal em outubro de 2021, junto com Max Louarn, outro membro.
Um terceiro membro, Yuanning Chen, ainda está foragido, mas Bowser e Louarn foram acusados de 11 crimes, incluindo fraude eletrônica e conspiração para cometer lavagem de dinheiro. Se forem considerados culpados, os dois enfrentarão longas penas de prisão, sendo que essas duas acusações podem ser punidas com até 20 anos de prisão.
Mas ao invés de ser julgado, Bowser resolveu se declarar culpado de duas acusações (Tráfico de Dispositivos de Contorno e Conspiração para Contornar Medidas Tecnológicas e Tráfico de Dispositivos de Contorno), e ainda ofereceu pagar à Nintendo US$ 4,5 milhões, além de ajudá-los a encontrar outros membros da equipe, ou seja, o motivo do hacker ter assumido a culpa foi pelo motivo mais lógico: delação premiada.
A promotoria ainda concordou em renunciar a todas as outras acusações como resultado, mas o juiz advertiu que mesmo assim Bowser ainda pode enfrentar pena de prisão pelas suas acusações das quais se declarou culpado. O acordo de confissão explica que o hacker participou das atividades do Team-Xecuter de junho de 2013 até sua prisão, em setembro do ano passado.
O grupo criou e vendeu uma série de ‘dispositivos ilegais de contornar’, projetados para permitir aos usuários jogar ROMs ilegais em seus consoles, incluindo Switch, 3DS, PlayStation Mini e SNES Mini, com os mais notáveis sendo modchip SX Pro e o SX OS, que permitia que ROMs fossem reproduzidos no Switch. Bowser foi encarregado do site Maxconsole.com, que funcionava como um hub central para a comercialização dos dispositivos e suporte ao cliente. Ele ainda administrou um site contendo bibliotecas de ROM que ofereciam cópias ilegais de 13.630 jogos.
O acordo de confissão inclui também a confirmação da Nintendo de que quando lançou o modelo mais novo do Nintendo Switch, em 2018, incluiu “medidas técnicas atualizadas para evitar que o console seja hackeado pelo SX Pro e SX OS”. Confirmou também que o Switch Lite “foi produzido com as medidas tecnológicas atualizadas para, entre outras coisas, abordar dispositivos de evasão como o SX Pro e SX OS”, porém, em vez disso, a equipe começou a vender novos dispositivos chamados SX Core e SX Lite, para continuar hackeando cada modelo.
Via: Chris Scullion/VGC
Karla Sthefany , Observatório de Games.
Fonte: Observatório de Games.
ter, 02 nov 2021 12:52:59 -0300