Você já parou para avaliar que tipos de prejuízos o excesso de videogames pode causar? De acordo com estudos do NPD Group, uma empresa que realiza pesquisas de mercado global, 9 em cada 10 crianças jogam videogames. A popularidade dos aparelhos de games é notável desde a sua criação, não são raros os relatos de pessoas que passam horas em frente às telas dos jogos. O problema é que muitos estudiosos acreditam que o excesso de games antes dos 21 ou 22 anos pode gerar alterações no cérebro.
Pesquisadores na China realizaram ressonância magnética no cérebro de 18 estudantes que passavam cerca de 10 horas por dia jogando e puderam perceber que eles apresentavam menos massa cinzenta do que outras pessoas que passavam menos de duas horas por dia online. Na década de 90, os cientistas também alertavam para o risco de subdesenvolver regiões do cérebro que são responsáveis pelo comportamento, emoção e aprendizagem, já que os games estimulam apenas a visão e o movimento.
Contudo, apesar das evidências científicas de possíveis prejuízos com o excesso de jogos, é difícil definir o limite entre a diversão e o vício. Os jogos têm qualidades viciantes.
❝O nosso cérebro está programado para ansiar por gratificação instantânea, ritmo acelerado e imprevisibilidade. Todas essas características podem ser adquiridas no videogame.❞
Quando se afasta uma pessoa ‘viciada em jogos’ dos videogames, ela pode apresentar mudanças notáveis de comportamento como se fossem crises de abstinência, podendo chegar até a agressão. Porém, nem tudo é ruim. Os videogames podem ajudar o cérebro de várias maneiras, como aprimorar a percepção visual ,a capacidade de alternar entre tarefas e melhorar o processamento de informações.
Como tudo na vida, o importante é encontrar um equilíbrio. Os jogos promovem habilidades úteis, com certeza, mas, se exercidas excessivamente, também podem se tornar problemas. Afinal, quando as crianças ficam tão acostumadas a realizar multitarefas e processar grandes quantidades de informações simultaneamente, elas podem ter problemas para se concentrar em uma palestra em um ambiente de sala de aula, por exemplo. Por isso, é importante que os pais tenham um controle sobre a quantidade de tempo utilizada para jogar videogames.
O Prof. Dr. Fabiano de Abreu é o novo colunista do Observatório de Games, PostDoc e PhD em neurociência, mestre psicanalista, doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências, com graduações em psicologia, neuropsicologia, história, antropologia e biologia. Especialização em Propriedade Elétricas dos Neurônios, Inteligência Artificial, Python, Hardware com registro IPI Intel e expert em montagem de computadores. Considerado um dos maiores QIs da atualidade e membro da Mensa, associação de pessoas de alto QI.
Marx Walker , Observatório de Games.
Fonte: Observatório de Games.
ter, 09 nov 2021 22:27:51 -0300