O conceito de realidade virtual surgiu na década de 70, e hoje ocupa um espaço central quando se trata de investimentos tecnológicos. Como o próprio nome indica, consiste em um sistema operacional imersivo que simula em tempo real interações através de dispositivos tecnológicos sensoriais.
Agora, com todo o avanço na área, é hora de refletir sobre espaços e ferramentas que podem ser empregadas para alcançar avanços educacionais e de desenvolvimento profissional por meio da realidade virtual.
Com apoio da Universidad Santander, onde sou professor e cientista, tive o artigo “relação da realidade virtual com o processo de memorização e aprendizagem”, publicado na revista científica multidisciplinar Ciências Latina, onde analiso como os métodos de realidade virtual podem beneficiar os processos de aprendizagem e memória.
Os elementos sensoriais proporcionados pela realidade virtual, como estímulos visuais e auditivos, estão diretamente relacionados com o processo de aprendizagem e memorização. A implementação da realidade virtual pode beneficiar desde a aprendizagem infantil, à formação de profissionais qualificados.
O emprego da realidade virtual na formação profissional – e também na plena atuação, já é uma realidade. Para a medicina, a realidade virtual se tornou uma grande aliada no estudo, tratamento e simulação de ocorrências médicas de menor ou maior complexidade.
Ela apresenta para médicos, professores e alunos um ambiente rentável e controlado para a formação, treino e troca de informações e experiências entre os usuários em uma maior escala.
A realidade virtual possui dois fatores que podem beneficiar muito a memória: fidelidade visual e informação sensorial. A experiência permite a melhor assimilação da realidade e a formação de modelos mentais e construção de conceitos abstratos fundamentais para a aprendizagem.
Entretanto, a realidade virtual não é uma substituta das experiências de aprendizagem reais, mas sim uma ferramenta para ampliar conhecimentos e formar profissionais ainda mais bem preparados e qualificados.
É necessário compreender que não há uma resposta definitiva quanto a real eficácia desses ambientes virtuais e se eles realmente podem ser um substituto para situações reais, principalmente no processo de aprendizagem.
O uso de ferramentas imersivas para beneficiar a memória e aprendizagem já é realidade na medicina; agora, faltam pesquisas e avanços para que sejam também incorporados em outros segmentos, como na educação de crianças e adolescentes, e até mesmo na formação profissional de adultos.
Estudo publicado: https://ciencialatina.org/index.php/cienciala/article/view/1714
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é colunista do Observatório de Games, PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
Marx Walker , Observatório de Games.
Fonte: Observatório de Games.
ter, 08 mar 2022 20:36:50 -0300