Whatsapp, Youtube e até a Netflix adicionaram recentemente ferramentas que permitem acelerar vídeos e áudios em até duas vezes, o que mostra que há demanda do público por esses recursos. Ok, mas assistir vídeos em 2x pode prejudicar o seu cérebro?
Ainda não há estudos que analisem especificamente esse comportamento e até mesmo utilizar essa ferramenta ocasionalmente não traz grandes problemas, mas se essa é uma prática rotineira ela pode trazer prejuízos e aumentar a ansiedade.
A internet em si já é uma plataforma que estimula a ansiedade, o famoso deslizar infinito de dedos em busca de pílulas virtuais de dopamina já fortalecem a ansiedade, mas se aliados à aceleração de mídias podem tornar o problema ainda mais grave.
O indivíduo ansioso precisa de válvulas de escape, de estímulos que ofereçam recompensas rápidas, essas recompensas aliviam apenas temporariamente os sintomas da ansiedade, mas faz com que voltem mais fortes e acelerar áudios para obter informações de forma mais rápida, séries para descobrir logo o que aconteceu com tal personagem, vídeos para não esperar mais um segundo sequer contribuem para isso, mantendo seu cérebro incapaz de desacelerar, mesmo em momentos de lazer.
A limitação de caracteres e de tempo, em especial após o boom dos vídeos curtos nas redes sociais estimulou esse processo e cada vez mais as mídias estão superaceleradas para se enquadrar no tempo necessário.
Além disso, habilidades importantes como foco, concentração e memorização de informações são prejudicadas com esse hábito, o que pode se estender para além das telas e prejudicar outros aspectos da sua vida, por isso, é fundamental utilizar essas ferramentas com moderação.
Redação , Observatório de Games.
Fonte: Observatório de Games.
qua, 21 dez 2022 15:02:00 -0300