A vida virtual faz parte do nosso quotidiano. Através das redes partilhamos toda a nossa vida tanto pessoal como profissional. Podemos pensar em todas as vantagens, mas infelizmente logo vêm os contras.
As redes sociais aproximaram pessoas… virtualmente. Em nosso código genético há a necessidade de interação física, principalmente devido ao organismo sofrer maior impacto emocional quando a interação é real pela ‘consciência das probabilidades’ nas nuances da própria proteção pessoal. As nossas relações pessoais também sofreram alterações com este novo tipo de interação. Mas até que ponto a facilidade é sinônimo de felicidade.
Facilidade em firmar relacionamentos? Sim, está mais fácil, em contrapartida o que é fácil não gera esforço, logo, a conquista não libera neurotransmissores, mensageiros químicos que regulam as emoções, na mesma intensidade. Também à consciência do facilitismo faz com que não tenha esforço para manter o relacionamento já que um outro pode vir na mesma facilidade.
O mundo virtual tem que ser gerido de forma correta senão corremos o risco de dispersar e não ser objetivos. A facilidade incorre em ambas as direções, fugir da linha também se torna extremamente fácil. Mas não propagamos mais fácil nossos trabalhos?
Sim, em compensação aumentou a quantidade de pessoas que perdem tempo nas redes tentando alavancar o negócio ao invés de usar os meios ideais que antecipam a propaganda. Aumentou o número de empreendedores individuais sem sucesso financeiro. Assim como a credibilidade já que muito o que se propaga não é real.
Outro cuidado a ter prende-se com o saber distinguir a qualidade e veracidade da informação fornecida. Há mais informações agora. Sim, mas nunca se teve tantas informações falsas. Pessoas se tornaram falsos jornalistas sem faculdades ou registro de competência. A desinformação e falta de conhecimento como consequência da dificuldade no foco atencional por excesso de informações, está moldando o cérebro e diminuindo a inteligência.
Venho alertando para outros problemas que estão a surgir em grande força e para o qual as redes sociais contribuem grandemente: o narcisismo patológico, aumento de transtornos e diminuição da inteligência acentua-se como consequência do vício em redes sociais e necessidade de recompensa e conquistas fáceis através das redes sociais.
Não sou contra as redes e sim ao exagero. Assim como acredito que deveriam ter leis e regras já que não deixa de ser uma sociedade como a real, só que virtual. A liberdade em excesso e a falta de controle gera consequências negativas, principalmente quando há ações impulsionadas por pessoas com distúrbios mentais, não generalizando, claro, mas uma pessoa, com um distúrbio pode ter mais disposição e tomada de decisão que 100 pessoas para propagar muita coisa na rede.
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é colunista do Observatório de Games, PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
Redação , Observatório de Games.
Fonte: Observatório de Games.
qui, 30 jun 2022 10:57:11 -0300