Observatório de Games.
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Kaunas (KTU), na Lituânia, anunciaram planos para desenvolver um HD baseado em DNA nos próximos três anos. Este projeto inovador é financiado em colaboração com a empresa Genomika e a União Europeia. A tecnologia de armazenamento de dados em DNA não é completamente nova, mas a equipe da KTU está dando um passo adiante ao prometer um produto prático e utilizável.
O DNA tem sido estudado como uma alternativa para armazenar enormes quantidades de informação digital. A equipe da KTU destaca a necessidade urgente de novas soluções de armazenamento de dados. Em 2023, a produção de dados humanos alcançou 120 zettabytes, que equivalem a mais de um bilhão de terabytes. Este número está previsto para crescer 20% ao ano nos próximos anos, especialmente devido ao aumento da IA generativa, de acordo com Tom’s Hardware.
Dr. Lukas Žemaitis, cofundador da Genomika, alerta que, se o problema do armazenamento de dados não for resolvido, enormes data centers poderiam cobrir a superfície da Terra até 2060. É nesse contexto que o DNA surge como uma solução potencial. Pesquisadores afirmam que o DNA oferece uma forma de armazenamento “confiável, de alta densidade, sustentável e economicamente viável”. Além de ocupar menos espaço físico, um drive baseado em DNA requereria menos água para resfriamento e não dependeria de metais raros.
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O projeto, chamado DINAMIC (DNA Microfactory for Autonomous Archiving), visa levar o DNA aos data centers. A ideia é utilizar os nucleotídeos do DNA, em vez dos tradicionais 1s e 0s do código binário. Os famosos A (adenina), T (timina), C (citosina) e G (guanina) substituiriam os bits convencionais. Inicialmente, essa tecnologia deverá ser implementada em data centers, especialmente no setor de saúde, onde a preservação de dados é crucial. É improvável que um HD de DNA chegue ao segmento doméstico em breve.
Victor Danesi , Observatório de Games.
Fonte: Observatório de Games.
Mon, 15 Jul 2024 18:40:00 +0000