A pandemia da Covid-19 trouxe com ela não apenas a doença, mas vários fatores que podem favorecer alterações na condição de saúde mental, por exemplo, desinformação ou propagação de notícias falsas e necessidade de distanciamento social. Esses fatores também afetaram diretamente os idosos, ao serem colocados em situação de vulnerabilidade ao vírus, além dos efeitos psicológicos da pandemia e quarentena.
Ainda não se tem números concretos sobre o impacto e o estado de saúde mental dos idosos durante o surto da Covid-19, e dados que abordam o impacto de epidemias anteriores nesta faixa etária também são escassos. No entanto, por fazerem parte do grupo de risco para o contágio, os idosos podem sim desenvolverem alterações emocionais motivadas pela ansiedade e o medo de contaminação e também do desconhecido.
É necessário atender essa necessidade, avaliar as implicações e desafios da saúde mental do idoso. Pacientes com confirmação ou suspeita da doença podem sentir medo das consequências da infecção, que pode ser fatal. Os que estão em quarentena podem sentir tédio, solidão e raiva. Além disso, sintomas da infecção podem levar ao agravamento da ansiedade.
Para lidar com a crise da saúde mental, o envelhecimento populacional e a crescente demanda por serviços adequados existe a necessidade de qualificação dos profissionais de saúde, implementação de uma abordagem de equipe multidisciplinar, fornecendo tratamentos psiquiátricos, utilizando plataformas de aconselhamento online e programas de reabilitação.
Essas estratégias são consideradas importantes para a manutenção da funcionalidade, preservação e melhora do desempenho cognitivo e da qualidade de vida, respeitando a individualidade de cada idoso e a atenção integral à saúde.
É necessário ainda um olhar especial, no que se refere ao suporte de apoio familiar, facilitando que as tomadas de decisões relacionadas à execução das estratégias necessárias sejam feitas junto com o idoso.
Artigo publicado em: https://recisatec.com.br/index.php/recisatec/article/view/126/104
Sobre o Dr. Fabiano de Abreu
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é colunista do Observatório de Games, PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa e Intertel, associação de pessoas de alto QI e especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.
Redação , Observatório de Games.
Fonte: Observatório de Games.
sáb, 14 maio 2022 19:49:47 -0300